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sábado, 17 de outubro de 2015

Ericka Almeida descarta pressão por vitória, mas diz: "Perder não é opção"

Após revés para Juliana Lima em sua estreia no Ultimate, brasileira destaca chance de ter mais tempo para se preparar e cita conselhos de José Aldo para bater irlandesa


Ericka Almeida UFC MMA (Foto: Raphael Marinho)

Faltavam cerca de 20 dias para o UFC Goiânia, em maio deste ano, quando o Ultimate chamou Ericka Almeida, que tinha acabado de defender seu cinturão do peso-palha no Jungle Fight, para enfrentar a compatriota Juliana Lima. Até então invicta em sete combates, ela aceitou pela chance de entrar na maior organização no mundo, mas o pouco tempo para se preparar pesou, e Ericka foi superada por Ju Thai por decisão unânime. No próximo sábado, dia 24, ela terá seu segundo desafio no evento ao encarar a irlandesa Aisling Daly, em Dublin (IRL), mas, apesar do resultado negativo na estreia, a brasileira disse que a pressão pela vitória não lhe atinge, apesar de admitir a importância de triunfar pela primeira vez no UFC.
- Não levo isso como uma pressão porque, quando entro no octógono, vou com a intenção de finalizar a luta. Não gosto nem de ficar pontuando, ganhar por decisão, detesto deixar na mão dos árbitros, mas, com certeza, sei que é uma vitória extremamente importante para não entrar no evento com duas derrotas de cara. Penso que a derrota não é opção me momento nenhum. Tenho que ir lá e finalizar a luta, seja nocauteando ou com uma finalização. Tenho que decidir por mim, sem deixar os árbitros decidirem - declarou, em entrevista ao Combate.com, acrescentando a importância de poder fazer um camp completo para o embate.
- O que foi diferente agora é que tive tempo para me preparar e fazer minha dieta. Na última vez, fui avisada com 20 dias de antecedência, vindo de luta recente, foi bem difícil perder o peso, mas o foco agora foi em tudo porque sei que ela gosta da trocação, tem um estilo bem diferente e é faixa-marrom de jiu-jítsu que nem eu. Então trabalhei tudo. Em pé, no chão, grade, porque acredito que essa luta vá se desenvolver em todos os lugares. Consigo me ver indo com tudo para cima, fazendo tudo o que treinei, sem abrir espaço para ela, sem deixá-la à vontade e com a minha mão erguida no final. É nisso que penso, sem subestimá-la. Sei que ela é dura, popular por ter participado do TUF, mas não vou deixar a vitória escapar das minhas mãos desta vez.
Na derrota para Ju Thai, ela revelou que o corte de peso foi seu maior adversário e, apesar de ser apenas a oitava luta de sua carreira, a atleta de 26 anos garantiu que não ficou nervosa por atuar no UFC.
- O pessoal acha que fiquei nervosa com a estreia, mas não foi bem isso que aconteceu. Foram vários fatores. É chato falar porque soa como desculpa, mas realmente atrapalhou o fato de vir de uma luta que defendi cinturão do Jungle, fiz reposição com soro, recuperei todo o meu peso, aí tirei todo esse peso em menos de 20 dias. Fiz o check-in no hotel com 61kg. De quinta para sexta-feira tive que desidratar 9kg. Isso foi um fator que me deu uma "baqueada", mas foi bom para aprender. Psicologicamente não me afetou nada lutar no UFC. Só senti a diferença do profissionalismo. Agora estou no maior evento do planeta. O tratamento que dão, a atenção, são coisas que nunca recebi antes. Mas a questão de interferir na luta, psicologicamente falando, com certeza não me afeta. Estou me preparando melhor nisso do peso. Foi a lição que tive, não me abati com isso, sei que fui guerreira e é bola pra frente, que vou em busca da vitória e tenho plena condição de conseguir desta vez - explicou.
Ericka Almeida, lutadora do UFC (Foto: Divulgação)
Natural de Sorocaba (SP), Ericka Almeida fez a sua preparação no Rio de Janeiro, treinando na X Gym, mas aproveitou para fazer uma visita na Nova União e conversar com José Aldo, que terá um companheiro de Daly pela frente no dia 12 de dezembro: o campeão interino dos pesos-penas, Conor McGregor, pela unificação do cinturão da divisão até 66kg, que tem o brasileiro como único campeão linear na história categoria no Ultimate. A lutadora revelou que Aldo lhe deu conselhos para o confronto contra a irlandesa.
- Pensamos nisso (de lutar fora do Brasil), sabemos que na Irlanda apoiam muito o MMA, que eles têm um ídolo agora, representando eles no UFC por enquanto, o McGregor, mas acredito que o José Aldo vai desbancá-lo logo, logo. Minha adversária é da mesma equipe do McGregor, então no Rio fizemos uma visita, conversamos com José Aldo e adorei a ideia de lutar lá. Gostei da bagunça, de ser a única brasileira no card. Acredito que vá chamar ainda mais a atenção e promover mais a minha luta. O Aldo comentou que o povo irlandês é marcante, apoia muito os atletas, faz muito barulho, mas não vai me atrapalhar não, tenho certeza. Ele falou que estou preparada, treinada, é só ir lá e fazer o serviço que está tudo certo e ele está na torcida - concluiu.
UFC Dublin 2
24 de outubro, em Dublin (IRL)
CARD PRINCIPAL - a partir de 18h (horário de Brasília)
Peso-leve: Dustin Poirier x Joseph Duffy
Peso-mosca: Paddy Holohan x Louis Smolka
Peso-leve: Norman Parke x Reza Madadi
Peso-meio-médio: Nicolas Dalby x Darren Till
CARD PRELIMINAR - a partir de 15h (horário de Brasília)
Peso-leve: Steven Ray x Mickael Lebout
Peso-mosca: Neil Seery x Jon Delos Reyes
Peso-palha: Aisling Daly x Ericka Almeida
Peso-médio: Scott Askham x Krzysztof Jotko
Peso-meio-médio: Cathal Pendred x Tom Breese
Peso-pena: Darren Elkins x Robert Whiteford
Peso-médio: Bubba Bush x Garreth McLellan

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