Peso-leve enfrenta americano em São Paulo, dia 7 de novembro, e quer usar luta para se firmar entre os melhores da divisão: "Já estou há muito tempo na estrada"
Atleta da American Top Team (ATT), Gleison Tibau tem uma motivação a mais para seu próximo compromisso no Ultimate, quando enfrentará Abel Trujillo, dia 7 de novembro, em São Paulo, no "UFC: Belfort x Henderson 3". E não estamos falando do fato de ele lutar em seu país ou de alcançar seu 26º confronto pela organização, ficando a apenas um de igualar o recorde que pertence a Tito Ortiz. Trata-se da rivalidade entre sua academia, a ATT, com a Blackzilians, equipe do americano. As duas chegaram a fazer recentemente a única edição do The Ultimate Fighter que colocou um time contra o outro, e o brasileiro deixou claro que as animosidades entre eles existem ao declarar que pretende "trazer a cabeça dele para a academia".
- É uma motivação a mais. A rivalidade é muito forte, muitas pessoas levam até para o lado pessoal. A gente quer arrancar a cabeça deles e trazer para a academia como prêmio. Existe uma cobrança muito grande, eles querem ganhar de toda forma e nós também. Estou treinando muito duro para trazer a cabeça dele para a academia. Ele é um cara brigador, não tem uma técnica refinada, mas é perigosíssimo, vai ser uma luta empolgante. Trujillo tem uma mão forte, então preciso ficar atento o tempo todo. Estou treinando forte o jiu-jítsu. Ele tem wrestling, sabe o que faz, então não posso ficar de oba-oba. O jiu-jítsu é o caminho, mas não sei o que vai acontecer na hora - afirmou, em entrevista ao Combate.com.
Contra Truijillo, Tibau quer explorar sua superioridade na luta agarrada para sair com a vitória, evitando, desta forma, ser surpreendido pela mão pesada do rival. O lutador ainda comemorou o fato de ter o apoio da torcida brasileira no evento e admitiu que errou ao aceitar enfrentar Tony Ferguson em fevereiro, quando foi superado no primeiro round, apenas um mês depois de vencer Norman Parke e emplacar o terceiro triunfo consecutivo.
- A preparação foi ótima. Foquei bastante no jiu-jítsu, estou empolgado por lutar no Brasil e vou chegar muito bem para essa luta. Esse camp foi muito bom para melhorar muitas coisas. Vou chegar mais diferenciado em São Paulo. Estou com mais jogo para me manter no top 10. Já estou há muito tempo na estrada, está na hora de me firmar. A força da torcida brasileira dá uma energia impressionante. A gente sente algo fora do normal, é empolgante, faz a gente buscar força no cansaço quando o corpo não obedece e a cabeça não pensa. A situação pode estar difícil, mas a torcida faz a gente transcender. Acho que foi um erro (aceitar a luta com o Tony Ferguson) porque eu já estava vindo de três lutas seguidas. Acredito que não descansei de uma luta para outra. Não respeitei o descanso que meu corpo precisava - explicou.
Em janeiro, antes do duelo contra Parke, Gleison Tibau tinha planos de atuar cinco vezes em 2015, garantindo o recorde de lutas feitas pelo Ultimate. Porém, quando pisar no octógono no dia 7 de novembro, fará seu terceiro embate no ano, adiando sua meta de ultrapassar as 27 lutas feitas por Tito Ortiz para 2016.
- Eu tinha esse plano, mas senti que o esporte evoluiu muito e temos que respeitar o descanso de uma luta para a outra. Quatro lutas por ano é o ideal. Era para ter lutado em julho contra o Trujillo, mas ele se lesionou na mão. Não queria ter "descansado" esse tempo todo, mas ao mesmo tempo foi bom para ajustar muita coisa no nosso jogo. Volto mais forte e renovado. Quero esse recorde sim e vou tentar em 2016.
Apesar de vir de derrota e da recente onda de demissões no Ultimate, que culminou com 22 nomes dispensados, além da especulações de outros cortes que devem acontecer em breve, Tibau não teme que um resultado negativo possa impedi-lo de bater o sonhado recorde e, ele garante, não se sente pressionado pela vitória.
- Sinto a pressão de fazer boas lutas. Todos os fãs do UFC e a própria organização esperam grandes lutas. É melhor perder numa grande luta do que ganhar uma luta chata. Vitória não garante emprego - concluiu.
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