Advogado do lutador não recebeu documentos relevantes para o caso com tempo suficiente para preparar defesa. Órgão votou adiamento em reunião nesta quinta-feira
A Comissão Atlética de Nevada adiou a reunião que vai discutir o futuro de Wanderlei Silva. O lutador, que havia sido banido do esporte e multado em US$ 70 mil (cerca de R$ 245 mil) por ter fugido de um exame antidoping surpresa em maio de 2014, conseguir reverter a punição na justiça comum dos EUA, em maio passado e deveria ter sido julgado novamente em audiência disciplinar nesta quinta-feira, na sede do órgão, em Las Vegas, nos EUA.
Wand não compareceu à reunião e foi representado por seu advogado, Ross Goodman, que, logo no início, reclamou de ter recebido um documento necessário para a audiência apenas às 16h de quarta-feira, quando a lei americana afirma que ele deveria ter recebido tais documentos com 10 dias de antecedência para preparar sua defesa. O vice-procurador geral de Nevada, Christopher Eccles, explicou que só encaminhou o documento no dia anterior porque foi quando recebeu os papeis.
O advogado de Wanderlei também ressaltou que gostaria de interrogar Kirk Hendrick, diretor jurídico da Zuffa (empresa detentora do UFC), que não estava presente, e explicou que não recebeu um depoimento importante para o caso. A comissária Pat Lundvall argumentou que tal depoimento não era relevante para o caso, mas o chairman da comissão, Francisco Aguilar, recomendou o adiamento o julgamento, até que Goodman receba todos os documentos necessários para preparar a defesa de Wand.
Com isso, o futuro do lutador deve ser julgado apenas na próxima reunião do órgão, em novembro.
<b>Membros da Culinary Union protestam em prol de Nick Diaz</b>
Logo no início da reunião, membros da Culinary Union (sindicato dos trabalhadores nos setores de alimentação, jogos e hotelaria em Nevada) protestaram na entrada do prédio da NAC e adentraram a reunião para fazer comentários na sessão de participação popular. Dois representantes da entidade fizeram uso da palavra ao microfone, e um deles, inclusive, pediu para a comissão rever a punição contra o lutador Nick Diaz, que foi suspenso por cinco anos por ter testado positivo para metabólitos de maconha no exame antidoping pós UFC 183, em janeiro.
- A decisão da comissão contra Nick Diaz foi arbitrária e nós exigimos que vocês revejam essa punição injusta contra Nick Diaz - declarou um dos representantes do órgão.
Após a manifestação pública, os protestantes deixaram a reunião, que prosseguiu com os demais itens da agenda.
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