Peso-meio-médio diz que pessoas colocam expectativas sobre ele além de suas próprias: "Pretendo conquistar o cinturão um dia, mas é tudo em seu devido tempo"
A vitória arrasadora da "sensação" Sage Northcutt em sua estreia no UFC, há algumas semanas, lembrou muitos torcedores da primeira luta de um lutador brasileiro na organização: Erick Silva. Há quatro anos, o capixaba ganhava o status de "fenômeno" ao nocautear Luís Beição em 40s, no primeiro UFC Rio. Apesar de toda a expectativa gerada, o "Índio" não embalou depois disso. Até este ano, não havia vencido duas lutas consecutivas, e ainda não conseguiu entrar no top 10 do ranking do peso-meio-médio, para frustração de alguns fãs, que viraram críticos do lutador.
Hoje com novo apelido, Erick Silva sabe o que espera para si próprio, e ignora as expectativas colocadas sobre ele por outros. Ele tatuou um novo lema no pescoço: "Love the process" ("Ame o processo", em inglês).
- Infelizmente, as pessoas colocam muitas expectativas em algo e, quando esse algo, por consequências normais, não é da forma como essa pessoa falou, essa própria pessoa acaba falando mal. As pessoas sempre colocam a gente numa situação em que, no meu caso, eu nunca pedi. Eu vou fazer o meu independente do que as pessoas vão falar. Vou atrás do meu sonho, e ninguém me ajuda com isso. Mas muita gente quer que eu seja algo que eu nunca pedi para ser. Ninguém sabe se realmente, um dia, eu quero ser campeão. Ninguém sabe se meu objetivo é chegar a ser o melhor dos melhores. Não é assim. É lógico que todo atleta que está no UFC quer conquistar o cinturão. Eu pretendo conquistar o cinturão um dia sim, ou não estaria no UFC, mas acho que tudo é no seu devido tempo. As pessoas veem muito o resultado final, e é uma coisa que eu gosto muito de falar: o mais importante é o processo disso tudo, o que a gente passa, treina, aprende. Às vezes, eu sou muito mais feliz não sendo o campeão do que sendo. Talvez, sendo o campeão, vai me trazer muito mais carga negativa do que positiva. A única coisa que quero fazer é o que eu amo, que é lutar, e ter condições de me manter bem. Não há mal nenhum nisso - afirmou Erick em entrevista ao Combate.com, durante recente ação de Dia das Crianças no projeto social "Faixa Preta de Jesus".
- Eu estou ciente que realmente entrei com o corpo num shape totalmente diferente do que eu entrava. Mas isso foi questão de semanas. Na luta que estava marcada para 27 de junho, que eu estava pronto para lutar, eu estava voando, estava um monstro, forte pra caramba, trincado. Se eu lutasse ali, estaria na minha melhor forma física! Infelizmente, meu adversário se machucou, a luta caiu e foi adiada para um mês e meio depois. Não consegui me preparar bem, porque, uma semana depois, eu me machuquei. Isso foi muito ruim pra mim. Não é desculpa, mas aconteceu uma coisa que não me permitiu manter o shape que mantenho quando estou treinando! Todos os lutadores, em off, mantêm o peso acima. Para chegar no shape ideal para a luta, tem que treinar bastante, e infelizmente eu não tive condições de treinar 100% como eu treino. Agora, eu lutei, operei, mas estou muito mais "em forma" do que na minha própria luta. Isso é muito relativo. Não vou ligar (para os comentários), eu sei os motivos, meus treinadores sabem os motivos, e isso que importa. A galera precisa de um motivo pra brincar e zoar, então entendo que o pessoal pega isso para fazer brincadeiras. Mas isso não me incomoda, aprendi que isso faz parte do jogo.
Há aproximadamente três semanas, Erick Silva operou o cotovelo direito. O lutador já iniciou a fisioterapia e, segundo o próprio, sua recuperação está rápida. Ele espera retornar aos treinos sem limitações ainda em novembro, e deseja iniciar um camp de treinamentos em janeiro, mirando uma luta em março. O capixaba já se ofereceu para entrar no próximo card do Ultimate no Brasil, previsto para março ou abril.
Há aproximadamente três semanas, Erick Silva operou o cotovelo direito. O lutador já iniciou a fisioterapia e, segundo o próprio, sua recuperação está rápida. Ele espera retornar aos treinos sem limitações ainda em novembro, e deseja iniciar um camp de treinamentos em janeiro, mirando uma luta em março. O capixaba já se ofereceu para entrar no próximo card do Ultimate no Brasil, previsto para março ou abril.
- Quero voltar a lutar e fazer o que faço melhor, que é mostrar meu estilo agressivo e explosivo, que as pessoas esperam, mas nem sempre vão ver. Estou bastante focado e quero voltar bem na minha próxima luta - concluiu Erick Silva.
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