Peso-leve diz saber que é uma aposta do Ultimate como novo ídolo, e afirma que espera uma guerra contra o russo Rashid Magomedov no UFC São Paulo
Invicto em sua carreira no MMA - venceu as dez lutas que fez como profissional -, o peso-leve brasileiro Gilbert Durinho terá uma luta dura no UFC São Paulo, no próximo sábado. Seu adversário, o russo Rashid Magomedov vem de 11 lutas invicto, de um total de 19 na carreira - tem 18 vitórias e apenas uma derrota. Sem jamais ter sido nocauteado ou finalizado, Magomedov motivou o que o próprio Durinho classificou como "o camp mais doloroso" da sua vida. Ciente das virtudes e fraquezas do russo, o brasileiro revelou, no bate-papo dos lutadores com a imprensa na última quinta-feira, que estudou a fundo o estilo e as lutas do seu rival, e que investiu como nunca na sua preparação para o duelo.
- Eu espero uma guerra. Respeito muito meu adversário, sei que ele é um cara duro, extremamente técnico, tem uma resistência boa e sabe lutar muito bem na distância. Foi da seleção russa de boxe, e tem um boxe bem alinhado, assim como a parte de chutes. Eu sei que ele não vai querer fazer chão comigo, vai preferir explorar a luta em pé e defender quedas. É isso que ele vai pensar. "Vi a última luta dele. Vou entrar e sair batendo, vou chutar e, se ele vier, vou defender as quedas". Mas o meu jogo também está bem claro, Eu e ele sabemos o que o outro vai fazer. Vai ser um jogo mental e físico, com muita técnica, Vai vencer quem conseguir executar o que deseja mesmo com o outro esperando. Mesmo ele sabendo que eu quero derrubá-lo, eu vou derrubá-lo e finalizá-lo. Ele treina na American Top Team (ATT) e tem muitos sparrings, mas eu vim preparado para uma guerra. Vim muito treinado em jiu-jítsu e wrestling pro ADCC e, depois do torneio, sem descanso, eu entrei em um camp pesado direto. O Henri Hooft trouxe dois russos pra treinar comigo. Um deles era duas vezes campeão russo de kickboxing que literalmente me bateu o camp inteiro. Foi o camp mais doloroso e o que eu mais gastei para me preparar. Contratei quiroprata, massagista, acupuntura, banheira de gelo... Eu peço caras duros pra isso. Se me dessem um oponente mais ou menos, eu ia treinar duro, mas não seria no limite. E nesse camp eu passei o limite. Quando eu via que não dava, eu ia um pouco mais.
Se colocando como um estudioso compulsivo dos seus adversários, Durinho acredita que Magomedov está menosprezando a sua trocação, o que ele considera um erro que pode ser fatal.
- Eu sei todas as qualidades dele, estudei tudo. Eu gosto de estudar. Não sou aquele cara que olha o vídeo uma vez e pronto. Olho duas, três vezes e vejo como ele reagiu com cada adversário. Se contra um ele respeitou o chão, se com outro ele não quis trocar queda... Eu estudei tudo e treinei tudo. Sei que, quando eu derrubar, vou ter domínio no chão, mas em pé eu treinei muito e corrigi muitos erros da minha última luta. Vou partir pra cima. Acho que ele está menosprezando a minha parte em pé, e esse pode ser um dos caminhos. Pode pintar um nocaute aí.
Tido como um dos nomes nos quais o UFC pretende investir no Brasil, ao lado de novos valores como Alex Cowboy e Thomas Almeida - não por acaso seus companheiros no card principal do evento - Durinho agradece a confiança, mas diz que ela eleva a exigência e o preço que ele tem que pagar para corresponder às expectativas da torcida e da própria organização.
- Eu vejo com bons olhos essa confiança que o UFC deposita em mim e nos outros novos nomes do MMA brasileiro. Mas eu sempre lembro do que o meu pai me dizia: "Quando muito é dado, muito é cobrado". Eu perguntava por que o meu irmão podia fazer algumas coisas que eu ainda não podia, e ele dizia que eu não podia ainda. Se eu quero ser um próximo ídolo e um campeão, eu tenho que pagar o preço, que é treinar mais que todo mundo, ser o primeiro a chegar e último a sair, participar de competições de jiu-jítsu para continuar evoluindo, estudar não as duas últimas lutas do meu adversário, mas sim a carreira dele a fundo, vou gastar dinheiro e trazer sparrings, como os holandeses que o Henri traz no meu peso. Eu invisto em estrutura para colher os frutos. Eu pago o preço, e sei que não é fácil. Ninguém me disse que ia ser, mas eu estou suando e me preparando para ser o próximo ídolo e o próximo campeão.
- Eu sei todas as qualidades dele, estudei tudo. Eu gosto de estudar. Não sou aquele cara que olha o vídeo uma vez e pronto. Olho duas, três vezes e vejo como ele reagiu com cada adversário. Se contra um ele respeitou o chão, se com outro ele não quis trocar queda... Eu estudei tudo e treinei tudo. Sei que, quando eu derrubar, vou ter domínio no chão, mas em pé eu treinei muito e corrigi muitos erros da minha última luta. Vou partir pra cima. Acho que ele está menosprezando a minha parte em pé, e esse pode ser um dos caminhos. Pode pintar um nocaute aí.
Tido como um dos nomes nos quais o UFC pretende investir no Brasil, ao lado de novos valores como Alex Cowboy e Thomas Almeida - não por acaso seus companheiros no card principal do evento - Durinho agradece a confiança, mas diz que ela eleva a exigência e o preço que ele tem que pagar para corresponder às expectativas da torcida e da própria organização.
- Eu vejo com bons olhos essa confiança que o UFC deposita em mim e nos outros novos nomes do MMA brasileiro. Mas eu sempre lembro do que o meu pai me dizia: "Quando muito é dado, muito é cobrado". Eu perguntava por que o meu irmão podia fazer algumas coisas que eu ainda não podia, e ele dizia que eu não podia ainda. Se eu quero ser um próximo ídolo e um campeão, eu tenho que pagar o preço, que é treinar mais que todo mundo, ser o primeiro a chegar e último a sair, participar de competições de jiu-jítsu para continuar evoluindo, estudar não as duas últimas lutas do meu adversário, mas sim a carreira dele a fundo, vou gastar dinheiro e trazer sparrings, como os holandeses que o Henri traz no meu peso. Eu invisto em estrutura para colher os frutos. Eu pago o preço, e sei que não é fácil. Ninguém me disse que ia ser, mas eu estou suando e me preparando para ser o próximo ídolo e o próximo campeão.
Ele está menosprezando a minha parte em pé, e esse pode ser um dos caminhos. Pode pintar um nocaute aí.
Gilbert Durinho, sobre Magomedov
Técnico de jiu-jítsu de Vitor Belfort enquanto este esteve na equipe Blackzilians e seu amigo pessoal, Durinho acredita que o veterano se preparou bem e vai fazer uma boa luta contra Dan Henderson.
- O Vitor já começou o camp na academia dele, mas ele é como um irmão. Nós nos falamos todos os dias, nos encontramos, eu passo na academia dele quando dá. Treinamos juntos toda semana para nos reciclarmos. Não consegui acompanhar tudo, mas ele está treinando com o Pedro Diaz, um cubano de altíssimo nível, com 12 medalhas olímpicas no boxe, fora as ganhas em Mundiais. Se não for o melhor técnico cubano, é um dos melhores. A mão dele está muito rápida e aprendeu com os erros. Ele errou na última luta, e sempre que você cai, a queda te motiva a levantar. Ele está bem preparado e vai fazer uma grande luta.
A vitória sobre Alex Cowboy em sua última apresentação no UFC, em maio deste ano, rendeu a Durinho um aprendizado que ele mesmo considera extremamente valioso. Analisando o combate, o lutador admite que menosprezou o rival no começo da luta, e que isso o fez ver que seu coração e sua determinação foram postos à prova até o limite.
- Foi um teste mais mental que técnico. Os erros técnicos eu corrigi, mas fortaleci a mente quando me mantive focado no meio de tantos problemas, e no fim finalizei a luta. Aquela foi uma grande luta e uma grande vitória. Eu me superei e me conheci muito mais como pessoa e como lutador. Evoluí muito diante daquilo que eu passei ali. Muita gente veio me elogiar depois, como o Rafael Cordeiro e o Fabricio Werdum, que disseram que eu mostrei um coração que poucos têm. O Jacaré me disse que eu tenho coração de campeão e que eu podia apostar nele quando precisasse. Muita gente no meu lugar diria: "Já era. Toma que a vitória é sua, Cowboy...". Só quem luta e está ou esteve ali em cima sabe como foi ruim o que eu passei e como foi duro superar.
- O Vitor já começou o camp na academia dele, mas ele é como um irmão. Nós nos falamos todos os dias, nos encontramos, eu passo na academia dele quando dá. Treinamos juntos toda semana para nos reciclarmos. Não consegui acompanhar tudo, mas ele está treinando com o Pedro Diaz, um cubano de altíssimo nível, com 12 medalhas olímpicas no boxe, fora as ganhas em Mundiais. Se não for o melhor técnico cubano, é um dos melhores. A mão dele está muito rápida e aprendeu com os erros. Ele errou na última luta, e sempre que você cai, a queda te motiva a levantar. Ele está bem preparado e vai fazer uma grande luta.
A vitória sobre Alex Cowboy em sua última apresentação no UFC, em maio deste ano, rendeu a Durinho um aprendizado que ele mesmo considera extremamente valioso. Analisando o combate, o lutador admite que menosprezou o rival no começo da luta, e que isso o fez ver que seu coração e sua determinação foram postos à prova até o limite.
- Foi um teste mais mental que técnico. Os erros técnicos eu corrigi, mas fortaleci a mente quando me mantive focado no meio de tantos problemas, e no fim finalizei a luta. Aquela foi uma grande luta e uma grande vitória. Eu me superei e me conheci muito mais como pessoa e como lutador. Evoluí muito diante daquilo que eu passei ali. Muita gente veio me elogiar depois, como o Rafael Cordeiro e o Fabricio Werdum, que disseram que eu mostrei um coração que poucos têm. O Jacaré me disse que eu tenho coração de campeão e que eu podia apostar nele quando precisasse. Muita gente no meu lugar diria: "Já era. Toma que a vitória é sua, Cowboy...". Só quem luta e está ou esteve ali em cima sabe como foi ruim o que eu passei e como foi duro superar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário