Campeã peso-galo do UFC confessa que nunca sentiu tanta pressão e diz não querer cometer mesmo erro de outros campeões, que fizeram apenas uma defesa de título

Campeã peso-galo do UFC, Miesha Tate demorou quase um mês para acreditar que tinha mesmo chegado ao posto máximo da divisão. Desde a vitória sobre Holly Holm, em março, no entanto, a americana tem sido cada vez mais desafiada por atletas da categoria, como Cris Cyborg, que pediu para enfrentá-la em Nova York. A resposta de Miesha para os desafios? Não ligar para eles, pelo menos por enquanto.
- Eu tenho apenas ignorado, porque realmente só quero focar na Amanda Nunes. Não preciso de nenhuma outra distração, não preciso pensar em ninguém que não seja a Amanda. Ela tem 100% da minha dedicação, não estou treinando para ninguém mais que não seja ela. Acho que é um grande erro quando você começa a focar em lutas futuras e acaba deixando aquela que é a mais importante escapar pelos seus dedos. Eu tenho visto muitos cinturões mudando de mãos recentemente, muitos campeões defendendo o cinturão apenas uma vez, não quero cometer esse erro. Então, acho que preciso manter o pé no chão, por mais que a imprensa e os fãs queiram saber o que vem depois. Não posso dizer o que vem depois até que aconteça o que tem que acontecer primeiro - declarou, durante um treino aberto realizado nesta segunda-feira na Extreme Couture, em Las Vegas, nos EUA.
Durante o bate-papo, Tate falou sobre a expectativa para o combate contra Amanda, marcado para o dia 9 de julho no UFC 200, e também confessou que nunca sentiu tanta pressão para vencer um combate como agora.
Veja as declarações de "Cupcake" abaixo, divididas por tópicos:
Pressão de defender o cinturão pela primeira vez:
Acho que a cada luta a pressão aumenta e tem essa pressão agora porque eu alcancei o cinturão. Agora eu quero manter isso, então nada vai ser mais fácil, vai ficar mais e mais difícil de agora em diante, porque sempre vou enfrentar a próxima melhor lutadora. O que é realmente louco é que ninguém sabe de verdade o quão dura a Amanda é. Todo mundo meio que está pensando: “Oh, essa é uma luta fácil para você”. Sabe, tem muita expectativa nos meus ombros de entrar lá e nocauteá-la a sangue frio. Sinceramente? Ela é uma oponente muito dura e tenho muita pressão nos meus ombros para entrar lá e ter uma performance que seja de acordo com as expectativas das pessoas.

Desafios de outras atletas:
Acho que é uma coisa boa. Se você é a campeã e tem muita gente atrás de você querendo te enfrentar, é porque elas querem o que eu tenho e isso só me dá mais motivação para proteger o cinturão. Tenho sido alvo há muito tempo, mesmo quando não era a campeã ainda era alvo daquelas que achavam que uma vitória sobre mim lhes daria a chance ao título. Então, isso não é algo novo pra mim. Como campeã, você apenas quer algo diferente do que fez antes, mas eu estava derrotando-as antes e vou continuar fazendo isso.
Motivação para emendar dois camps de treinamento:
Acho que manter o cinturão é toda a motivação que eu preciso. Encontrar motivação para essa luta foi algo muito fácil na verdade, e foi ótimo poder fazer a transição de um camp direto para o outro. Eu queria fazer isso há muito tempo. Eu costumava lutar muito. Acho que em um ano da minha carreira como profissional tive seis lutas, o que era bastante. Então, estava acostumada a lutar muito e agora isso meio que deu uma diminuída, então eu só quero manter esse momento e continuar lutando.
O que mudou desde que se tornou campeã?
Não consigo apontar o dedo para o que é, mas quando você tem o cinturão você tem um sentimento de orgulho e sucesso e se torna um pouco possessiva. Isso faz com que você volte às suas raízes primatas como se fosse um leão ou uma mamãe ursa cuidando de seus filhotes. É assim que eu me sinto com relação ao cinturão. É meu e eu não vou deixar ninguém tomá-lo.
Não consigo apontar o dedo para o que é, mas quando você tem o cinturão você tem um sentimento de orgulho e sucesso e se torna um pouco possessiva. Isso faz com que você volte às suas raízes primatas como se fosse um leão ou uma mamãe ursa cuidando de seus filhotes. É assim que eu me sinto com relação ao cinturão. É meu e eu não vou deixar ninguém tomá-lo.

Pontos fortes de Amanda Nunes:
Acho que a Amanda tem muita força em suas mãos e não tem medo de usar isso. Holly é uma mulher muito forte também, mas é muito boa em controlar a distância. Não me lembro de ter sido acertada ou de receber muitos socos naquela luta. Não me lembro de ter sofrido nenhum golpe que pudesse me machucar, foi uma das lutas em que menos me machuquei. Geralmente você leva um knockdown, sai com o nariz quebrado, sangrando, já quebrei o osso orbital, mas eu estava ok depois daquela luta. Ela faz muito controle de distância, que nós chamamos de socos no ar ou nas luvas, ela não queria se engajar porque não queria ser quedada. Já a Amanda, ela pode te quebrar e ela já nocauteou algumas garotas com apenas um soco, então ela tem dessa ferocidade brasileira e você pode dizer que ela é muito corajosa quando luta, coloca tudo em jogo. Eu gosto disso, ela não joga muito fechada, ela se arrisca e é por isso que ela finalizou tantas lutas no primeiro round, porque ela entra lá e coloca pressão sobre as pessoas. Ela também tem muitas habilidades no chão, e tem um bom judô, tem um jogo bem completo.
Acho que a Amanda tem muita força em suas mãos e não tem medo de usar isso. Holly é uma mulher muito forte também, mas é muito boa em controlar a distância. Não me lembro de ter sido acertada ou de receber muitos socos naquela luta. Não me lembro de ter sofrido nenhum golpe que pudesse me machucar, foi uma das lutas em que menos me machuquei. Geralmente você leva um knockdown, sai com o nariz quebrado, sangrando, já quebrei o osso orbital, mas eu estava ok depois daquela luta. Ela faz muito controle de distância, que nós chamamos de socos no ar ou nas luvas, ela não queria se engajar porque não queria ser quedada. Já a Amanda, ela pode te quebrar e ela já nocauteou algumas garotas com apenas um soco, então ela tem dessa ferocidade brasileira e você pode dizer que ela é muito corajosa quando luta, coloca tudo em jogo. Eu gosto disso, ela não joga muito fechada, ela se arrisca e é por isso que ela finalizou tantas lutas no primeiro round, porque ela entra lá e coloca pressão sobre as pessoas. Ela também tem muitas habilidades no chão, e tem um bom judô, tem um jogo bem completo.
UFC 200
9 de julho de 2016, em Las Vegas (EUA)
CARD DO EVENTO (até agora):
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-pesado: Daniel Cormier x Jon Jones
Peso-pesado: Brock Lesnar x Mark Hunt
Peso-galo: Miesha Tate x Amanda Nunes
Peso-pena: José Aldo x Frankie Edgar
Peso-pesado: Cain Velásquez x Travis Browne
CARD PRELIMINAR
Peso-galo: Cat Zingano x Julianna Peña
Peso-meio-médio: Johny Hendricks x Kelvin Gastelum
Peso-galo: TJ Dillashaw x Raphael Assunção
Peso-leve: Sage Northcutt x Enrique Marin
Peso-leve: Diego Sanchez x Joe Lauzon
Peso-médio: Gegard Mousasi x Thiago Marreta
Peso-leve: Jim Miller x Takanori Gomi
9 de julho de 2016, em Las Vegas (EUA)
CARD DO EVENTO (até agora):
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-pesado: Daniel Cormier x Jon Jones
Peso-pesado: Brock Lesnar x Mark Hunt
Peso-galo: Miesha Tate x Amanda Nunes
Peso-pena: José Aldo x Frankie Edgar
Peso-pesado: Cain Velásquez x Travis Browne
CARD PRELIMINAR
Peso-galo: Cat Zingano x Julianna Peña
Peso-meio-médio: Johny Hendricks x Kelvin Gastelum
Peso-galo: TJ Dillashaw x Raphael Assunção
Peso-leve: Sage Northcutt x Enrique Marin
Peso-leve: Diego Sanchez x Joe Lauzon
Peso-médio: Gegard Mousasi x Thiago Marreta
Peso-leve: Jim Miller x Takanori Gomi
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