Inspirado na possibilidade de Conor McGregor enfrentar Floyd Mayweather,
brasileiro revela que gostaria de dividir ringue com Roy Jones Jr.: "Seria um cara legal"

O próximo desafiante ao cinturão peso-médio do UFC ainda é uma incógnita.Ronaldo Jacaré é quem está há mais tempo na fila, acumula vitórias importantes - como contra Vitor Belfort, em maio -, porém o nome de Dan Henderson ganhou força nas últimas semanas, por ser o alvo desejado por Michael Bisping, dono do cinturão.
Embora tenha perdido para Jacaré, Vitor Belfort afirma que o compatriota é a bola da vez na disputa. O "Fenômeno", em entrevista exclusiva ao Combate.com, declara que, se o mérito for levado em conta pela organização, o faixa-preta de jiu-jítsu tem que receber a chance.
- Eu pensava que o Luke Rockhold iria ganhar do Bisping, enfrentaria o Jacaré e eu pegaria o Bisping. É um cara que a gente estava até pensando. O Jacaré merece a luta. Até cogitaram uma luta contra o Dan Henderson, mas até falei que se tiverem que dar revanche para alguém, teria que dar a revanche do Bisping contra mim. A luta é do Jacaré, seria deslealdade com ele, pelo o que ele conquistou no UFC. Não acho justo com o Jacaré. É merecimento ele lutar pelo cinturão. Qual é a meritocracia dele (Henderson) lutar com o Bisping? Porque ele ganhou de um cara (Hector Lombard) que subiu de categoria? Mas ele (Henderson) vem de quantas derrotas? Estou pensando pela meritocracia, não pelo que vende. Acho que as pessoas têm que ter esse direito de meritocracia. Está legal já, chegamos em 2016.
De olho no UFC Brasília, dia 24 de setembro, Belfort comenta a possibilidade de enfrentar Anderson Silva, revela desejo de fazer uma luta de boxe contra Roy Jones Jr., e analisa possível venda do Ultimate.
Confira a entrevista na íntegra:
Você está sem luta marcada, assim como o Anderson Silva. Chegou a hora dessa luta acontecer novamente?
O UFC faz superlutas. Como agora eles fizeram a do Nate Diaz contra o Conor McGregor. Se eles quiserem fazer, com certeza eles têm cacife para isso. Eu acho que, na realidade, é uma questão de negociação, a gente está em uma fase muito boa, também, eu diria. A gente fez muito pelo esporte e acho que seria uma hora de colheita para os dois, se algo desse tipo acontecesse. O pedaço de bolo, hoje, não pode ser só para o Conor McGregor ou o Nate Diaz. O pedaço de bolo também tem que vir para aquelas pessoas que fizeram pelas gerações que estão aí hoje. Então tudo depende de negociação.
É uma luta que interessa, então, mas é preciso negociar?
Eu tenho interesse em qualquer luta. Uma luta que tenha propósito, mas eu acho que é uma luta que seria uma "money fight". Tenho interesse em grandes lutas e essa seria uma grande luta, com certeza. Tem que ser algo que agrade os três lados: Anderson, Vitor e UFC.
Eu tenho interesse em qualquer luta. Uma luta que tenha propósito, mas eu acho que é uma luta que seria uma "money fight". Tenho interesse em grandes lutas e essa seria uma grande luta, com certeza. Tem que ser algo que agrade os três lados: Anderson, Vitor e UFC.
Você atuou em diversas edições no Brasil. A próxima será dia 24 de setembro, em Brasília. Seria uma boa voltar neste card?
É uma data interessante. É uma data boa. Acho que sim (conseguiria se preparar). Tem tempo hábil.
É uma data interessante. É uma data boa. Acho que sim (conseguiria se preparar). Tem tempo hábil.

As superlutas são sempre uma opção aos grandes nomes da organização. Você gosta dessa ideia?
Isso me estimula. Tem que ser uma coisa que te dê tesão para fazer. O prazer é algo primordial, principalmente no nível que cheguei na minha carreira. Eu tenho vontade de fazer lutas de boxe. Já vi ventilando que o UFC toparia fazer uma luta do Conor McGregor com o Floyd Mayweather, eu posso fazer a co-luta principal (risos). O que não vai faltar é oponente. O boxe é a minha arte predileta. Aquele cara, o Roy Jones Jr. seria um cara legal, com certeza. Alguém que eu vi lutar. Alguém que venda.
Como viu a derrota do Luke Rockhold para o Michael Bisping, dois atletas derrotados por você em 2013?
Como viu a derrota do Luke Rockhold para o Michael Bisping, dois atletas derrotados por você em 2013?
O Luke estava muito lento na luta. Ele se expôs, e o Bisping, que nunca havia nocauteado ninguém, conseguiu o nocaute dele em uma luta pelo cinturão. Eu vejo mérito dele. É um cara guerreiro, que sempre batalhou. Foi um pouco de surpresa, mas nada me surpreende hoje.
O Rockhold estava muito confiante. Acredita que o sucesso tenha subido à cabeça dele?
Só ele pode responder. Ele é muito novo. É difícil lidar com esse sucesso hoje. As pessoas mudam. Eu falo que todo mundo muda, não muda só o lutador. Muda quem está em volta do lutador. Muda o treinador, a mulher do treinador, a mulher do lutador, o amigo do lutador, todo mundo. Agora, a mudança pode ser positiva ou negativa. Se você me viu na luta passada e achar que eu vou estar sempre assim, eu não vou estar. É uma ilusão. As mudanças são necessárias. O Rockhold estava com aspecto disso (de que o sucesso subiu à cabeça) mas só ele pode dizer. O que eu acho, de repente, não é. Só a pessoa tem o direito de falar por ela, mas me pareceu, pelas entrevistas e pelo jeito que ele falava, um pouco de arrogância.
Só ele pode responder. Ele é muito novo. É difícil lidar com esse sucesso hoje. As pessoas mudam. Eu falo que todo mundo muda, não muda só o lutador. Muda quem está em volta do lutador. Muda o treinador, a mulher do treinador, a mulher do lutador, o amigo do lutador, todo mundo. Agora, a mudança pode ser positiva ou negativa. Se você me viu na luta passada e achar que eu vou estar sempre assim, eu não vou estar. É uma ilusão. As mudanças são necessárias. O Rockhold estava com aspecto disso (de que o sucesso subiu à cabeça) mas só ele pode dizer. O que eu acho, de repente, não é. Só a pessoa tem o direito de falar por ela, mas me pareceu, pelas entrevistas e pelo jeito que ele falava, um pouco de arrogância.

Por falar em mudanças, o que faria de diferente no UFC?
Eu vejo em um futuro próximo algo como pesou, lutou. As pessoas vão estar no seu próprio peso. É o que acontece no judô, no wrestling. Neles você pesa de manhã e luta à tarde. Eu vejo a pesagem, de repente, no mesmo dia da luta. Eu sou a favor de tirar o cotovelo para não ter tanto sangue, mas em pé, sim, manteria. No chão, não. Eu sou a favor de criar uma categoria master. Acho legal você valorizar e deixar o master em atividade, mesmo aos 45, 50 anos. As lendas poderem voltar a lutar. Aquele pisão que tem no joelho, estilo Jon Jones, eu não gosto, aquilo pode tirar o lutador por um ano. Coisas que podem causar lesões cervicais, que as pessoas podem ficar paraplégicas, enfim. Sou a favor de coisas que podem tornar o esporte olímpico.
Gostou da pesagem acontecer pela manhã, nova medida tomada pela organização?
Isso eu acho muito bom, acho que vai ajudar bastante os atletas. É isso que tem que ser feito. Você vai subir na balança e não vai estar valendo aquele peso. Adorei. Tem que ser assim mesmo.
Você está com 39 anos. Traça algum plano em termos de aposentadoria?
Eu estou em busca da minha segunda jornada. Eu tenho feito grandes coisas, grandes negócios. Eu sou um cara muito empreendedor. Meu octógono não tem grades. Hoje eu luto porque eu amo, gosto. Claro que dá um bom dinheiro, é uma coisa que eu gosto, quero deixar um legado. Vai ter um momento que vai terminar e está próximo, mas não existe aposentadoria, estarei só embarcando na minha próxima jornada. Esse octógono não tem grades e nessa minha segunda jornada todos serão vencedores. Vou de luta em luta.
Você está com 39 anos. Traça algum plano em termos de aposentadoria?
Eu estou em busca da minha segunda jornada. Eu tenho feito grandes coisas, grandes negócios. Eu sou um cara muito empreendedor. Meu octógono não tem grades. Hoje eu luto porque eu amo, gosto. Claro que dá um bom dinheiro, é uma coisa que eu gosto, quero deixar um legado. Vai ter um momento que vai terminar e está próximo, mas não existe aposentadoria, estarei só embarcando na minha próxima jornada. Esse octógono não tem grades e nessa minha segunda jornada todos serão vencedores. Vou de luta em luta.
O desejo de disputar o cinturão outra vez ainda existe?
Nunca morre. Se o Dan Henderson quer disputar o cinturão, com todo o respeito, é óbvio que eu quero. A gente tem que saber onde a gente está. Tudo pode acontecer. A organização sabe o que é bom para ela. Estou próximo, então eu tenho que estar preparado. É o que o Dana White falou: "Se você está entre os cinco, você tem que estar preparado para ser o próximo a disputar o cinturão".
Nunca morre. Se o Dan Henderson quer disputar o cinturão, com todo o respeito, é óbvio que eu quero. A gente tem que saber onde a gente está. Tudo pode acontecer. A organização sabe o que é bom para ela. Estou próximo, então eu tenho que estar preparado. É o que o Dana White falou: "Se você está entre os cinco, você tem que estar preparado para ser o próximo a disputar o cinturão".
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