Nos 24 eventos desde 1998, "Fenômeno" venceu as seis lutas e não passou do 1º round; brasileiros são soberanos nos 273 duelos, a maioria terminados em nocaute
Em 1998 o Brasil sediava o primeiro evento do Ultimate. A edição batizada de UFC 17.5 levou seis mil pessoas ao Ginásio da Portuguesa, em São Paulo, no dia 16 de outubro, para acompanharem estrelas como Vitor Belfort, Wanderlei Silva, Pedro Rizzo e Frank Shamrock em ação. Pouco mais de 17 anos depois, passando por outras 23 edições ao redor do país, o UFC 198 chega a Curitiba, com um card que promete marcar a história do MMA nacional e uma expectativa de 42 mil fãs na Arena da Baixada.
Aproveitando a empolgação pelo evento deste sábado, o Combate.com mergulhou na história do Ultimate no Brasil e levantou todos os números das 24 edições. O resultado trouxe curiosidades a respeito de invencibilidades, lutas mais rápidas, freguesia dos gringos e lutadores que se enfrentarão em Curitiba com 100% de aproveitamento.
BELFORT INVENCÍVEL E FIGURAS REPETIDAS
Uma das principais estrelas do UFC 198, Vitor Belfort não sabe o que é derrota quando atua no Brasil. O Fenômeno lutou seis vezes em solo nacional, com cinco nocautes, e é recordista neste quesito. As vítimas foram Wanderlei Silva, Dan Henderson (duas vezes), Michael Bisping e Luke Rockhold. A única finalização do ex-campeão foi sobre Anthony Johnson, no UFC Rio 2. O detalhe importante nestes triunfos do ex-campeão é que todas não passaram do primeiro round.
Rival de Belfort no evento, Jacaré também está 100% em solo nacional. O faixa-preta de jiu-jitsu venceu as três apresentações. Outro lutador que também estará no UFC 198 e tem números impressionantes no Brasil é Francisco Massaranduba. O ex-TUF Brasil 1 já esteve em nove eventos, com sete triunfos e dois reveses. "Massara" é o recordista de vitórias e atuações no país, com sete e empatado com Iuri Marajó, em apresentações, com nove.
No entanto, nem sempre atuar com a torcida ao lado ajuda o lutador local. O maior exemplo disso é Erick Silva. O "Índio" esteve presente em oito eventos no Brasil, mas foi derrotado três vezes ao lado de Fábio Maldonado, Felipe Sertanejo, Godofredo Pepey, Illiarde Santos, Lucas Mineiro, Paulo Thiago, Willian Patolino, que possuem o mesmo número.
A emoção de vencer um combate pelo Ultimate é única e, em casa, é maior ainda. No entanto, dois lutadores nunca sentiram esse sentimento. William Patolino e Iliarde Santos estiveram em três eventos, cada um, no Brasil, mas foram derrotados em todas as ocasiões.
NÚMEROS GRINGOS
Líder em números absolutos de países que mais venceram e que mais perderam, o Brasil tem a maior quantidade de lutadores que entraram no octógono no país, com mais do dobro do segundo colocado. A maioria das 321 vezes em que um brasileiro subiu no cage do UFC foi para obter uma vitória, mais precisamente em 58,2% delas. As derrotas correspondem a 40,2% do número de lutas que ao menos um brasileiro participou. O 1,6% restante são de dois empates e três No Contest (luta sem resultado) que ocorreram com brasileiros.
Já a maioria dos americanos não se sai bem quando luta no Brasil. Das 140 vezes que os gringos estiveram aqui para um evento do Ultimate, eles foram derrotados em 61,4%. Por outro lado, venceram em 37,1% dos casos. Além disso, o país ainda teve dois No Contest em terras brasileiras.
Como os dois países são líder e vice-líder no ranking de maiores vencedores e perdedores da história do UFC no Brasil, esse é justamente o confronto que mais se repete. Logo atrás está o duelo compatriota entre brasileiros, seguido das lutas entre Brasil e Rússia e Brasil e Canadá.
Em países com mais de uma luta nas terras brasileiras, apenas a Argentina venceu mais do que perdeu. Santiago Ponzinibbio, participante do TUF Brasil, participou três vezes, vencendo duas e sendo derrotado em uma. O outro "hermano" é Guido Cannetti, que disputou um combate apenas uma vez no país e venceu. Dessa maneira, a Argentina tem 75% de aproveitamento aqui.
DUELOS HISTÓRICOS
Nos 24 eventos espalhados durante o período de 17 anos, a torcida teve muitos motivos para soltar o grito e comemorar. Nas 273 lutas realizadas no Brasil, 89 terminaram por nocaute. E alguns deles não saem da memória dos dãs do MMA. Em 1998, no evento inaugural, Belfort, aos 22 anos, atropelou Wanderlei Silva em 44 segundos. José Aldo deixou o joelho no rosto de Chad Mendes no UFC 142, em janeiro de 2012, e manteve o cinturão dos penas da categoria. Dentro os outros vários marcantes, um não tão feliz para os brasileiros: no Rio de Janeiro, Ronda Rousey passou por cima de Bethe Correia, no UFC 190, com um nocaute em 34 segundos (confira os números totais na imagem acima).
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