No último sábado, Cris Cyborg, considerada por muitos como a melhor atleta feminina de MMA de todos os tempos, finalmente estreou no UFC. A brasileira derrotou Leslie Smith no card principal do UFC 198 com um nocaute fulminante em 81 s.
Após a vitória, no entanto, Cris deixou em aberto o seu futuro no Ultimate, dando a entender que não pretendia descer para o peso-galo, mas que gostaria de fazer super lutas no peso-casado pelo Ultimate.
Nesta terça-feira, no entanto, a brasileira voltou a falar sobre o seu futuro na organização em um post nas redes sociais. Na publicação, Cyborg inicia uma campanha para que o UFC abra a categoria peso-pena feminino e afirma que seu próximo passo será defender o cinturão do Invicta.
"A todos vocês que estão perguntando se voltarei ao peso-casado de 63,5 kg para enfrentar Holly, Miesha ou Ronda no UFC, eu quero fazer as lutas empolgantes que os fãs querem ver. Porém, eu sinto que tenho uma responsabilidade maior com a história do esporte. Depois de defender o meu cinturão, vou sentar com o meu time e ver quais superlutas o UFC está querendo me oferecer e, se for algo que os meus fãs querem, estou disposta a bater o peso novamente", diz a lutadora em um dos trechos.
Confira o comunicado na íntegra:
"Eu sou muito grata aos meus fãs e às artes marciais mistas femininas. Estou recebendo milhares de mensagens de garotas do mundo todo me agradecendo por tê-las representado.
Eu não vou abandonar a minha divisão de peso. Nem todas nós pesamos 52 kg ou 61,2 kg. Algumas de nós são maiores e outras são até menores...mas todas nós merecemos um palco para mostrar o nosso talento.
Nós merecemos as mesmas oportunidades que os homens! Eles têm oito divisões de peso no UFC, enquanto nós temos apenas duas categorias para as mulheres competirem. Eu vou lugar por todas nós e vamos fazê-los dar às mulheres as mesmas oportunidades que deram aos homens.
Se você olhar para a divião de 61,2 kg, apenas a Sara Kaufman lutou durante toda a sua carreira nesse peso. Todas as outras meninas ou foram forçadas a subir de 56,6 kg ou tiveram que descer de 65,7 kg para criar a divisão peso-galo.
Eu vou lutar no peso-pena (65,7 kg) para que as outras mulheres dessa divisão tenham a mesma oportunidade. É ótimo ver promotores percebendo o potencial e apoiando a divisão, colocando a Marloes Coenen na transmissão. Esse foi um grande passo!
Há mulheres para me enfrentar na minha própria divisão e, com o apoio os talentos vão continuar a se desenvolver. Se você criar, eles virão (ou voltarão).
Realizei um sonho ao lutar na minha cidade de Curitiba, e será um sonho finalmente chamar o meu título de "campeã peso-pena feminino do UFC".
Se for da vontade de Deus, eu voltarei ao octógono novamente depois de defender o meu título do Invicta.
A todos vocês que estão perguntando se voltarei ao peso-casado de 63,5 kg para enfrentar Holly, Miesha ou Ronda no UFC, eu quero fazer as lutas empolgantes que os fãs querem ver. Porém, eu sinto que tenho uma responsabilidade maior com a história do esporte. Depois de defender o meu cinturão, vou sentar com o meu time e ver quais superlutas o UFC está querendo me oferecer e, se for algo que os meus fãs querem, estou disposta a bater o peso novamente.
Glória a Deus , sempre!
Por favor, compartilhe se você apoia o MMA feminino"
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