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quinta-feira, 7 de julho de 2016

O lado B da semana histórica do UFC: veja as 10 melhores "lutas esquecidas"

Com três eventos recheados de combates expressivos em sequência, alguns duelos promissores ficaram apagados. Confira a relação feita pelo Combate.com


Em três dias, começando nesta quinta, o UFC casou 35 lutas, com cinco disputas de cinturão entre elas. Mas além dos duelos mais comentados por público e imprensa, destacam-se alguns combates interessantes e promissores, que tiveram sua importância ofuscada pela magnitude da semana histórica e recheada de Ultimate. Tem recente ex-campeão fazendo revanche contra antigo algoz, brasileiro em ascensão na luta da carreira e muita, mas muita ação envolvendo nomes de peso e promessas da organização.
Combate.com separou 10 desses confrontos. Confira abaixo a relação:
TJ DILLASHAW X RAPHAEL ASSUNÇÃO

Talvez a luta tecnicamente mais interessante do UFC 200, fora disputas de cinturão, a revanche entre o ex-campeão peso-galo TJ Dillashaw e seu último algoz antes da derrota para Dominick Cruz, Raphael Assunção, é apenas o quinto duelo do card preliminar do evento. O confronto também marca o retorno de Assunção após quase dois anos parado - sua última vez no ringue foi em outubro de 2014, quando venceu Bryan Caraway por decisão unânime.
Raphael Assunção e TJ Dillashaw UFC Barueri (Foto: Rodrigo Malinverni)

No primeiro duelo, em 2013, o brasileiro levou a melhor, mas a decisão dividida gerou muito polêmica entre fãs e imprensa, que viram vantagem do americano em pelo menos dois dos três rounds. Apesar de dúvidas concernindo o resultado, o equilíbrio do confronto foi inegável à época. Dillashaw teve dificuldades para implementar o jogo de wrestling e sofreu com os contra-ataques de Assunção, que achou seu ritmo acertando o adversário em meio a suas movimentações não-ortodoxas. O favoritismo no sábado, entretanto, vai para TJ, que evoluiu muito e lutou mais vezes que Raphael nos últimos dois anos. 
GEGARD MOUSASI X THIAGO MARRETA

Thiago "Marreta" Santos substituiu Derek Brunson no duelo contra Gegard Mousasi, segundo do card preliminar do UFC 200. A mudança foi boa para o brasileiro, que tem pela frente agora a luta mais importante da carreira. Se vencer, aumenta para cinco o número de vitórias consecutivas, e fica a poucos passos de entrar de vez no bolo para conseguir uma disputa de cinturão na tumultuada categoria dos médios.
Marreta x Nate - UFC 198 (Foto: Giuliano Gomes/PR PRESS)

Mas a perspectiva não melhora apenas para Marreta - o evento também ganha com a troca. Isso porque o duelo põe frente a frente dois dos strikers mais interessantes da divisão, com motivações diferentes, mas igualmente importantes no momento da carreira de cada um. Se Thiago quer deixar de ser promessa e virar desafiante, Mousasi, de nome já estabelecido na organização, quer apagar a má impressão que a derrota contundente para Uriah Hall, em setembro passado, deixou. O holandês entra como favorito.
THIAGO TAVARES X DOO HO CHOI

Preste atenção neste nome: Doo Ho Choi. Apesar dos inexperientes 25 anos, o "Superboy coreano" já mostrou ter tudo para se tornar, senão campeão, um dos lutadores mais empolgantes do UFC. Seu cartel soma 13 vitórias, 11 por nocaute, e apenas uma derrota, em 2010. Suas duas lutas no UFC, por outro lado, somam apenas 1 minuto e 51 segundos: dois nocautes devastadores sobre Juan Manuel Puig e Sam Sicilia.
Choi tem pela frente, no "TUF 23 Finale", seu primeiro grande teste na divisão dos penas: Thiago Tavares, que vem de vitória relâmpago sobre Clay Guida, com uma finalização em apenas 39s. A tendência é que o veterano brasileiro, há nove anos no UFC, leve a luta para o chão, fugindo do jogo de combinações poderoso do adversário e abusando do seu ground and pound perigoso. Se ficar em pé, a vantagem é do coreano. 
CAT ZINGANO X JULIANNA PEÑA

É difícil lembrar, mas Cat Zingano já foi considerada o principal desafio de Ronda Rousey na época dominante de "Rowdy" no peso-galo feminino. A derrota acachapante para a então campeã em fevereiro de 2015, no entanto, pôs fim ao status da americana na categoria. Suas últimas vitórias antes de cair para Ronda, por outro lado - dois nocautes sobre Miesha Tate e Amanda Nunes, que luta pelo título no mesmo dia -, dão esperanças de que Zingano pode voltar a incomodar na divisão. O retorno é no UFC 200, contra Julianna Peña, campeã do TUF 18, que vem de três triunfos seguidos, o último sobre Jessica Eye. Se vencer de novo, coloca definitivamente seu nome na elite da divisão e se torna séria candidata à próxima disputa de cinturão - se Ronda não retornar de seu longo hiato no MMA.
Ronda Rousey Cat Zingano UFC 184 (Foto: Getty Images)

WILL BROOKS X ROSS PEARSON

Para o público atento ao circuito de MMA fora do UFC, não há muito o que falar de Will Brooks. Campeão peso-leve do Bellator desde 2014, o americano tem no cartel atuações dominantes na categoria e vitórias sobre nomes de peso, como Michael Chandler (duas vezes), Marcin Held e Dav Jansen. Em sua estreia no Ultimate, na co-luta principal do "TUF 23 Finale", ele encara Ross Pearson, que, apesar do cartel irregular, costuma engrossar a luta, não importando o adversário. Vencedor do TUF 9, o britânico vem de vitória sobre Chad Laprise e é um kickboxer perigoso, com sete nocautes na carreira.
ANTHONY BIRCHAK X DILENO LOPES

No papel, a luta chama pouca atenção: dois lutadores ainda ganhando experiência, ambos vindo de derrota, se enfrentando no card preliminar do "UFC: Dos Anjos x Alvarez". Mas não se deixe enganar: Dileno Lopes x Anthony Birchak tem potencial para ser um combate divertido. Primeiramente porque, sob o aspecto técnico, são dois dos nomes mais promissores do peso-galo. Em segundo lugar, pelo casamento de estilos: o americano, vigoroso fisicamente e sem medo de impor pressão desde o início - vide a derrota para Thomas Almeida, quando continuou indo para cima apesar de estar sendo atingido por golpes contundentes -; e o brasileiro, contragolpeador nato.
JOE DUFFY X MITCH CLARKE

Joe Duffy chegou à categoria dos leves do UFC com o peso de ter sido o último homem a derrotar Conor McGregor (título que não mais carrega, graças a Nate Diaz). O triunfo aconteceu há seis anos, e o atual campeão dos penas evoluiu desde então. Assim como Duffy. "Irish Joe" fez sua estreia no Ultimate em março de 2015, quando nocauteou Jake Lindsey no primeiro round. Em julho do mesmo ano, finalizou o brasileiro Ivan Batman, também no assalto inicial. Na luta seguinte, entretanto, veio a primeira derrota na organização, para Dustin Poirier, em combate violento. Agora, ele tenta se recuperar contra o canadense Mitch Clarke, que vem de revés para Michael Chiesa, mas tem apenas três derrotas em 14 lutas na carreira e é um perigoso finalizador - venceu sete lutas por submissão. O confronto acontece no card principal do "UFC: Dos Anjos x Alvarez".
Dustin Poirier, Joseph Duffy, UFC 195, MMA (Foto: Getty Images)

JOE LAUZON X DIEGO SANCHEZ

É uma receita simples: dois lutadores queridinhos do público com um tino para lutas empolgantes dentro de um ringue. O prato só pode ser um combate animado. É essa a expectativa para o duelo entre Joe Lauzon e Diego Sanchez, terceiro do UFC 200. Os cartéis irregulares de ambos pouco importam se for levado em conta o motivo de terem sido colocados frente a frente. Tanto no chão, quanto em pé, os dois americanos sempre se destacaram pelo empenho em agradar os fãs. Lauzon acumula 13 bônus de performance do UFC na carreira - segunda melhor marca na história da companhia apenas um atrás de Nate Diaz - e Sanchez conta sete, todos por "Lutas da Noite". No maior evento do Ultimate na história, a concorrência pelos bônus será maior, mas não duvide dos dois.
JIM MILLER X TAKANORI GOMI
A primeira luta do UFC 200 promete fortes emoções. Os experientes Jim Miller e Takanori Gomi abrem o evento histórico com um duelo de estilos que pode ser interessante. O americano é conhecido por seu jiu-jítsu refinado e já finalizou nomes como Charles do Bronx, Yancy Medeiros e Fabricio Morango. Do outro lado, o japonês é perigoso na trocação e nocauteou seu oponente em 13 de seus 35 triunfos na carreira.
MMA - UFC 172 - Jim Miller x Yancy Medeiros (Foto: Getty Images)
Há de se registrar que o momento da dupla não é bom. Miller saiu derrotado em quatro das últimas cinco lutas, enquanto Gomi perdeu três das últimas quatro vezes que atuou. Outra curiosidade do confronto é que Jim Miller é um dos três atletas do card do UFC 200 que atuou no UFC 100. Os outros são Jon Jones, que fará a luta principal contra Daniel Cormier, e Brock Lesnar, que está no co-evento principal para encarar Mark Hunt.
ALAN JOUBAN X BELAL MUHAMMAD
Na segunda luta do card principal do evento desta quinta-feira, Alan Jouban e Belal Muhammad vão medir forças pelo peso-meio-médio. Jouban está indo para a sua sétima luta no Ultimate e costuma fazer combates animados, já que possui boas qualidades na luta em pé e procura o nocaute o tempo todo. Muhammad, por sua vez, é considerado uma das principais promessas da Roufusport e alia bem o boxe com o wrestling. Sua movimentação e capacidade de controlar a distância o tornam um lutador difícil para seus adversários, mas resta saber como se sairá em sua primeira vez no octógono. Caso a luta se desenrole em pé, as chances de o público aprovar são grandes.
Desde que chegou ao UFC, Jouban venceu quatro vezes e perdeu em duas oportunidades. Um dos reveses ocorreu de forma polêmica, contra Warlley Alves, no Brasil. O duelo foi equilibrado e terminou em decisão unânime a favor do brasileiro.  Já Muhammad nunca sentiu o gosto amargo da derrota. Em nove lutas na carreira, nove resultados positivos, sendo o último contra Steve Carl, quando tornou-se campeão do Titan FC.

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