Gafe no microfone na primeira entrevista arranca risadas; apresentação do card principal à la NBA empolga fãs; estrutura para a imprensa na nova arena decepciona
Desde que foi anunciado, sabia-se que o UFC 200 seria um evento especial, diferente dos outros 199 torneios numerados da organização. A primeira edição realizada na nova e moderna T-Mobile Arena, com nove campeões e ex-campeões no card, não decepcionou, quebrou recordes de público (18.202 pagantes) e bilheteria (US$ 10,7 milhões, cerca de R$ 35,3 milhões) em Las Vegas, e teve uma série de surpresas para os fãs - algumas agradáveis, outras nem tanto.
LONA DE OURO, OU DE OVO?
A primeira surpresa do evento foi a lona especial do octógono, na cor dourada, assim como a logo do UFC nas luvas dos lutadores, que já havia sido revelada nas redes sociais, e a insígnia do Ultimate nos shorts dos atletas. Dana White, presidente da organização, revelou à imprensa que foi sua ideia usar o tema também no cage para a ocasião especial. O tom de ouro, contudo, recebeu reações mistas dos fãs: alguns parabenizaram a ideia, outros consideraram horrível. Houve quem comparasse a uma gema de ovo, houve quem lembrasse de mostarda. Muitos mencionaram a semelhança com a lona do Cage Rage, evento britânico em que Anderson Silva e Michael Bisping lutaram antes de assinarem com o UFC.
AUMENTA O RETORNO!
O evento começou bem, com um rápido nocaute de Jim Miller sobre Takanori Gomi, mas logo veio a primeira gafe da noite: o comentarista Joe Rogan foi entrevistá-lo no octógono, mas seu microfone estava desligado. O resultado foram alguns segundos de constrangimento de Rogan ao lado de Miller frente às câmeras, aguardando a resolução do problema. Os fãs pegaram no pé do comentarista, que deu de ombros e fez cara de incredulidade. Eventualmente, o áudio foi recuperado e a entrevista foi feita.
NA BECA
A festa era de gala, e o announcer Bruce Buffer, sempre elegante, também não economizou: usou dois smokings diferentes na noite. O do card preliminar tinha um paletó branco, com gravata borboleta e acentos pretos, que se destacava contra a lona amarela. O conjunto do card principal, por sua vez, tinha paletó preto com detalhes brilhantes.
À LA NBA
O card principal teve uma apresentação especial, à la NBA: tecidos gigantes desceram do telão, e a organização projetou neles o vídeo que abriu a transmissão em pay per view nos EUA, com os melhores momentos de cada lutador do card ao som da já tradicional música tema "Face the Pain", do grupo de nu metal Stemm. Confira no vídeo acima.
ESTRUTURA DECEPCIONANTE DE MÍDIA
A estrutura da T-Mobile Arena, porém, decepcionou - pelo menos a imprensa. Durante a primeira metade do evento, os jornalistas foram colocados numa sala de imprensa improvisada, dentro de um espaço que lembrava um vestiário. Na arena, o acesso a internet sem fio foi precário por boa parte do torneio, até a organização disponibilizar adaptadores para potencializar a captação de sinal. Após o evento, os repórteres foram conduzidos a uma tenda montada no lado externo, que serviu como sala de coletiva. As lonas que serviam como parede balançavam e faziam barulhos por causa das rajadas de vento, criando um clima quase fantasmagórico no local. Estreia ruim para a arena projetada para ser a nova casa do UFC em Las Vegas.
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